Domingo, 13 de Março de 2011.Ela me fitou,
sorriu pra mim,
sentou-se ao meu lado,
e brincou com o brinquedo que carregava consigo.
O brinquedo era um gatinho,
que fazia-o miar constantemente.
Ela não era tão criança,
tinha cabelos castanhos, lisos e olhos vibrantes.
Reclamava de dor, e achava estranho porque sentia
o miado do gatinho responder nas suas costelas.
A princípio pensei em perguntar seu nome, e saber se estava tudo bem.
Tive ímpetos.
Mas o que fiz foi virar-se, ao perceber que tratava-se de
alguém que sofria alguma deficiência mental.
E durante o tempo que estive sentada, estava acompanhada,
conversando sobre assuntos que estavam mais próximos da situação,
tão quanto Ela estava na minha trás.
Senti-me pesada.
Do que vale ir a igreja se ainda pecas?
Ela era perfeita, dessa forma, ignorei a mim mesma.
Por que fiz isso? Por que tornei-me tão egocêntrica?
E novamente Ela sorriu para mim.
Meu coração bateu doído e forte.
Meus olhos pesaram.
Ela sorriu e fez um coração para mim.
E mesmo devido a deficiência
Ela sabia amar-me,aceitar-me e entender-me.
Diferente de mim.
Queria abraça-la e sentir o conforto que só Ela poderia me dar.
Meninha, você perdoa-me?
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